Quem quer quentes e boas

Chegou o Outono. Eu sei que este tempo mais parece de Inverno, mas a culpa também não é minha. Qualquer reclamação sobre as molhas que têm apanhado, falem com o S. Pedro. A culpa é dele, ele é que sofre de incontinência.
Recomeçando, com o Outono aparecem nas ruas das nossas cidades umas figurinhas curiosas que passeiam com o seu carrinho a fumegar, anuncianado a bela castanha assada. A gente sabe que um cartuchinho de castanhas assadas compradas na rua sai caro como tudo (não sei ao certo o preço de mercado actualmente porque este ano ainda não comprei) e que na meia dúzia que compramos, duas ou três estão estragadas. Mas mesmo assim, o sabor das castanhas compradas na rua é diferente para melhor do que as que assamos no forno de nossas casas.
Mas esta é apenas uma das formas de comer castanhas. Por exemplo, se quisermos ficar entretidos durante um quarto de hora, basta tentarmos roer uma castanha pilada. Ou se quisermos fazer um acompanhamento para um jantar diferente, podemos optar por um arroz com castanhas. Seja como for, comer castanhas ainda é um dos nossos bons hábitos gastronómicos, sobretudo nesta época do ano. E depois, todo o português que se preze, participa naquelas disputas renhidas de amigos, onde o “peido” é rei.
Nestas competições, onde se procura aferir a qualidade sonora e odorífica do traque, a castanha (sobretudo assada) pode ser uma ajuda preciosa. Porque, as castanhas são conhecidas pela sua capacidade de “refrigeração da máquina intestinal” do indivíduo.
Por isso, se és português, se és jovem e queres ser o maior nas competições do teu bairro... COME CASTANHAS!!!

p.s. -> Como complemento deste texto e se alguém quiser aprofundar conhecimentos sobre a aerodinâmica do peido, recomendo o texto do meu colega e amigo bloguista Rui Melo ( http://www.rui-melo.blogspot.com/2003_10_01_rui-melo_archive.html ) intitulado "Alguns comportamentos masculinos que nem mesmo eu entendo".

Três gaviões para o ninho da águia

OS TRÊS ESTAROLAS

As eleições do Benfica estão à porta. A dois dias dos “pintainhos” (sim porque de águia, os sócios do Benfica já não têm nada, a não ser talvez o novo ninho…) correrem às urnas de voto, os candidatos esgrimem os últimos argumentos sem que no entanto algum se evidencie em relação aos outros. Não que isso me interesse particularmente, porque estou-me a borrifar muito para o destino do clube da Luz. Eu sou daqueles que espera ver, daqui a uns anitos (podem ser poucos ou muitos, eu cá estarei para assistir) a grande “nação benfiquista” a correr os quintais da 2ª liga ou até quem sabe mais abaixo. Até já poderiam lá andar, não fossem os poderes instituídos terem 2 pesos e 2 medidas quando se trata de clubes de maior ou menor dimensão, mas isso… é outra conversa.
Voltando à vaca fria, ou como quem diz, ao “ninho da águia”, as três personagens que querem suceder ao VilaVinho parecem saídas de um filme de produção caseira tipo “Os três estarolas – versão Mouraria”. Se não vejamos, um (Luís Filipe Vieira) tem um bigode mais farfalhudo que muitos oficiais da GNR, qual Hercule Poirôt versão 2003. Um segundo elemento (Jaime Antunes), quer aparecer tipo D. Sebastião e recuperar todas as actividades amadoras do Benfica. Mas para isso falta-lhe, além do cavalo e do nevoeiro, a “estaleca” física (ser baixinho e atarracado, não ajuda) e capacidade intelectual. Por fim, o terceiro estarola, tem de certeza lugar cativo na galeria de terror do museu de madame Tussaud. Além do nariz torto e da proeminente testa, aquele penteado meio afro, meio “Goldilocks” não lembra a ninguém.
Mas, deixemos o aspecto físico e analisemos o lema que serve de mote a cada uma das listas à presidência do Benfica. Pela Lista A (Luís Filipe Vieira) – “O Benfica não pode parar”. Agora pergunto eu: mas eles estão a andar? E se estão, para onde vão? Para a Liga dos Campeões não é de certeza. Passemos à Lista B (Jaime Antunes) – “Por um Benfica grande em tudo”. Então mas eles ainda são grandes em alguma coisa? Só se for no gasto de vasilhame do, até agora, presidente VilaVinho. E para finalizar, Lista C (Guerra Madaleno) – “Por um Benfica Grande”. Não sei porquê, mas este senhor (e o outro da Lista B) parecem-me um bocadinho desfasados da realidade actual do clube encarnado. Das duas uma, ou ficaram “presos” na época 93/94 (última vez que o Benfica foi campeão) ou então as “pastilhas” provocam umas alucinações um bocado graves e estão a viver num mundo onde o Benfica ainda é grande… Ehehehehe
Bem, veremos qual dos estarolas vai enganar melhor os sócios encarnados. Desde já fica um desejo para o vencedor: uma longa estadia à frente do clube dos passarinhos recheada de desastres desportivos e financeiros.
Depois de quase duas semanas sem fazer um post, nada melhor que recomeçar as hostilidades com um texto sobre o clube que eu mais detesto...

Então e eu?

Epá... ele há coisas que um gajo fica lixado! Mas que raio de seleccionador é este que nós temos? A menos de um ano para o ínicio do Euro 2004 ainda não tem uma ideia base para a convocatória final da selecção? Eu perante as últimas coisas que tenho visto, começo a duvidar que ele saiba mesmo o que está a fazer.
Então não é que o gajo mandou 4 milhões de cartas a convocar pessoal para o campeonato europeu. É velhos, é novos, é coxos, marretas, pernetas, com olho de vidro, toda a minha gente está convocada para fazer parte da equipa! Epá, eu concordo que em Portugal há talentos escondidos e se deve dar uma oportunidade a toda a gente, mas eu pergunto: ENTÃO E EU?
Quer dizer, um gajo começou a partir vidros lá no bairro ainda "chavalito" (aquelas botas ortopédicas, fizeram mais estragos nas canelas da malta, que o "gadelhas" Couto nas suas 100 internacionalizações). Anos mais tarde, depois de apurar a técnica da força e a força da técnica, entra para uma equipa e começa a treinar mais a sério. Joga federado 10 épocas seguidas e chega a uma altura destas e não tem uma oportunidade para ir lá "trocar os olhos" a Rui Jorge, Figo e companhia... Não há direito!
Epá, está bem que um gajo chegar lá e começar a jogar com eles não é fácil, eles jogam em grandes clubes europeus e tal, mas eu também quero ter direito a um oportunidade e por isso reclamo a convocatória...
Espera aí.... hmmmm, acho que já estou a perceber... Ele (o seleccionador) até já sabe quem sou, e até estou bem referenciado, só que o gajo embicou com os baixinhos. No Brasil, deixou o Romário de fora, em Portugal está-me a deixar a mim.
E eu que até fiz parte das grandes equipas do Grupo Desportivo "Os Amarelos". ABRE OS OLHOS SCOLARI!!!

Pelo sofrimento de alguns, numa luta que é de todos

Quero juntar o meu espaço a muitos outros que colaboram com a iniciativa do blog http://www.aanes.blogspot.com na campanha "um post para lembrar a Leucemia". Uma campanha de solidariedade e sensibilização para o drama dos doentes com Leucemia.
Assim, neste meu post, re-edito o pedido de ajuda presente no blog da AANES porque todos não somos demais para ajudar quem precisa!

"Olá, Eu sou a Andreia, tenho 22 anos, sou Educadora de Infância recém formada e moro em Lisboa. Sucede que até há pouco tempo a minha vida decorria normalmente e feliz até que me foi detectada Leucemia que se veio a verificar ser do tipo Mielóide Crónica e só poderei ficar totalmente curada se receber uma transplantação de medula óssea. Constatámos que tanto os meus pais como irmã não são compatíveis para o efeito ... como tal procuro um dador. Todos os esclarecimentos podem ser obtidos no site do CEDACE - Centro de Histocompatibilidade do Sul http://www.chsul.pt. O meu nome é Andreia Margarida Morais e Mota. Poderá contactar-nos através do 966 886 302 ou motaandreia@hotmail.com. O possível dador não corre qualquer risco. ... ficar-lhe-ia eternamente grata se me puder ajudar! Caso não seja possível, agradeço na mesma a sua atenção e desejo-lhe toda a felicidade que eu gostaria de ter. Um beijinho Andreia"

Uma palavra de solidariedade e carinho para todos quantos lutam contra esta terrrível doença.

Em busca da qualidade de ensino

O desinvestimento no ensino superior parece que chegou para ficar. O Ex-Ministro da Ciência e do Ensino superior saiu de “consciência tranquila” (será que foi mesmo assim?) e da nova Ministra nem um piu ainda se ouviu… Mas apesar do silêncio de quem comanda os destinos do Ensino Superior a luta estudantil está longe do final, aliás ainda agora começou.
A causa desta luta – o aumento das propinas. Este aumento, que varia entre os 30 e os 130%, em relação ao anterior valor, consoante o estabelecimento de ensino, é a consequência de uma causa cujo o único culpado é o Governo – cortes orçamentais, em relação ao ano lectivo anterior, na ordem dos 4,3 %.
A questão central que se põe neste momento não é o pagamento ou não das propinas. É aceitável que os estudantes comparticipem a sua educação, embora na Constituição da República Portuguesa, esteja consagrado o estabelecimento progressivo da “gratuitidade de todos os graus de ensino” (alínea e, do número 2, do artigo 74.º).
A questão que se coloca é a colocação do valor mínimo da propina (463,58 euros) acima do salário mínimo nacional (358,01 euros) e o valor máximo da propina (850 euros) em mais do dobro desse mesmo salário nacional. Mais, antecipando a celeuma que uma medida como esta iria causar, este Governo passou a responsabilidade de fixar o valor das propinas para as instituições.
Mas nada temam famílias com jovens no ensino superior, o nosso excelentíssimo Governo garante que a Acção Social Escolar vai funcionar e ajudar aqueles que mais precisam. Ou se calhar não. A verdade é que no ano lectivo transacto, ainda sem os cortes orçamentais, a acção social escolar cobriu apenas 1/5 dos estudantes do ensino superior, e é com menos dinheiro que vai cobrir as necessidades que, perante este panorama, aumentaram?
Voltando ainda à magna carta da lei portuguesa, esta refere uns artigos mais à frente, situações de inconstitucionalidade, concretamente no artigo 277.º que diz respeito à inconstitucionalidade por acção. O número um deste artigo diz “São inconstitucionais as normas que infrinjam o disposto na Constituição ou os princípios nela consignados.”
Eu não tenho formação jurídica, mas parece-me que o princípio da gratuitidade de todos os graus de ensino não se cumpre, aumentando o valor da contribuição dos estudantes. Mas isto sou só eu…
Por esta razão eu digo que a luta pela qualidade de ensino ainda agora começou. E, fazendo uso de dois outros direitos consignados na nossa constituição – o direito à manifestação e o direito à greve, é justo que os estudantes venham para a rua e lutem por um melhor ensino, porque, estes “privilegiados” (nas bocas de alguns “especialistas”) são os futuros quadros de um país que se quer mais e melhor qualificado.

Dia 21 de Outubro – Greve Nacional de Estudantes do Ensino Superior – Juntos por um Ensino de Qualidade!

Não habia necessidade...

Li no Diário de Notícias que a Associação de Oncologia do Algarve realizou no domingo de manhã, em Silves, a "MAMAMARATONA". Apesar do nome estranho, esta iniciativa é, nada mais, nada menos, que por a malta toda a correr por uma causa. A inscrição para este evento custou 5 euros por participante, sendo este dinheiro para a aquisição de uma unidade móvel de mamografia.
A causa em si merece todo o esforço e dedicação dos participantes, mas poderia ter sido dotada de um nome mais apelativo. É que "MAMAMARATONA" não lembra a ninguém. Podia-se chamar perfeitamente, "Maratona por uma causa - ajude na prevenção do cancro da mama". Mas não, "MAMAMARATONA" é melhor!!!
Já estou a imaginar uma conversa de mãe e filho:
- Ó mãe, empresta aí 5 euros para a "MAMAMARATONA".
- Para o quê?
- Ó mãe, a "MAMAMARATONA".
- Ai meu grande sacana, já andas metido nessa porcaria da metadona.... Ai se o teu pai sabe...
- Ó mãe, não é isso, a "MAMAMARATONA" é uma maratona para ajudar na prevenção do cancro da mama.
- Ah. tá bem, tá bem... mas não vás pá estrada...

Ah! Pasme-se quem pensa que o insólito fica por aqui. Esta edição é já a 3ª e muitas mais "MAMAMARATONAS" prometem vir por aí...

Mulheres, alguém as percebe?

Eu não sei se é só a mim que me faz confusão, mas julgo que não. Há certos comportamentos femininos que me deixam confuso. Por exemplo, alguém me explica como é que elas tão sempre tanto assunto para falar? Quando estão juntas, nunca falta tema, e mesmo separadas há sempre um telemóvel que toca e é pretexto para ficarem ligadas no mínimo mais 10 minutos na “palheta”.
Ainda em relação às conversas de mulheres há ainda o tom de voz a que a conversa se processa. É certo que é variável dependendo do tema em questão, mas a variação é sempre, de alto para muito alto pois a escala não apresenta valor abaixo destes níveis, e ainda que apresentasse era completamente, dispensável! Nesta variação do tom da conversa o pico de volume regista-se com dois assuntos em particular, roupa e homens! Mas desenganem-se aqueles que esperam que elas falem deles quando vocês estão presentes. Falar do sexo oposto é coisa para se fazer apenas quando a “matilha” de lobas está reunida longe dos olhares masculinos. E, nem com a maior poder de adivinhação do mundo, vocês chegam perto de descobrir o que elas dizem. É tarefa que nem mesmo o grande Alexandrino conseguiria!!!
Pegando ainda num ponto referido acima, as roupas! Será que há mesmo necessidade de passar tanto tempo dentro das lojas para escolher uma saia ou uma blusa? O suplício masculino aumenta quando elas nos pedem para ir com elas com a desculpa: - “Anda comigo, é só um minutinho, eu já sei o que quero.” Nada mais irreal, o minutinho passa a minuto, e depois a hora, e depois a horas e dás por ti voltando para casa abraçado a uma parafernália de sacos de papel (porque as mãos já não chegam) de diferentes lojas. Um alerta: mantenham-nas afastadas dos impérios Zara e Mango, porque se lá entram, elas dificilmente saem de lá com as mãos vazias!!!
Há mais uma coisinha que não percebo, as malas! Alguém já viu a quantidade de coisas que cabem naquele, aparente, pequeno espaço? Dos essenciais itens que não faltam em qualquer mala feminina destacam-se o batôn de cieiro, a escova, o verniz (às vezes esquecem-se quando as amigas mais precisam), o espelho, a carteira dos documentos, a carteira do dinheiro (sim porque “gaja” que é “gaja” tem duas carteiras distintas!), a carteirinha da pílula e o penso higiénico ou tampão. Mas em relação às malas femininas, tenho de confessar que por vezes dão jeito, nomeadamente quando nós, homens, precisamos de guardar o telemóvel ou a caixa dos óculos quando vamos ao cinema. O que sempre que elas levam mala é uma segurança para nós, por mais cheia que ela já esteja, caso precisemos guardar alguma coisa, há sempre mais um espacinho. Ou se calhar, pelo menos para mim a partir de agora, não.

A importância da melhor polícia do mundo

Li no jornal Público de Quinta-feira, que o ministro da Administração Interna, Figueiredo Lopes apresentou na Assembleia da República o orçamento para a missão de 180 elementos da Guarda Nacional Republicana. Números redondos, “nós”, sim, porque nós somos o Estado (onde é que eu já ouvi isto…), vamos gastar por mês “só” 427 mil euros!!!
A missão tem duração prevista de 12 a 18 meses e, a este valor temos ainda de juntar um suplemento que os militares vão receber que será de, imagine-se, 2490 euros mensais (não sei como alguém consegue sobreviver só com isto, sinceramente…). Fazendo umas continhas rápidas, 2490 euros mensais x 180 elementos (isto porque, integrado na política de poupança deste governo, oficiais e praças vão receber igual – os oficiais devem adorar a ideia) x 18 meses de missão, dá a módica quantia de 8.067.600 euros. Temos ainda de juntar + uma parcela a esta continha, os 427 mil euros mensais x os 18 meses de missão, que redundam nuns simples 7.686.000. Somando, esta missão vai-nos custar 15.753.600 – quinze milhões, setecentos e cinquenta e três mil e seiscentos euros!!!
Todos nós sabemos que a nossa GNR está ao nível de todas as outras melhores polícias do mundo, FBI, Interpol, etc., justificando-se por isso o seu elevado custo. Resumindo e baralhando, esta vai ser uma missão baratíssima.
Pegando noutro ponto da nossa política nacional que atravessa uma grave crise, o ensino superior, o Governo do cherne resolveu passar a batata quente da questão das propinas para as mãos das universidades e dos politécnicos. Mas antes de o fazer, tomou duas medidas que fizeram com que a batata passasse de quente a escaldante. Acertou o valor da propina tendo em conta a evolução económica nacional (qual?) definindo um tecto mínimo, 463,58 euros (o que supera o ordenado mínimo nacional), e um tecto máximo, 850 euros, para o valor das propinas e, cortou o investimento do Estado nas universidades e politécnicos. Ah! Convém acrescentar que o factor base para a definição do valor das propinas de cada universidade e politécnico é a qualidade e excelência dos cursos e das instituições, ou, parafraseando um colega “bloguista“, então não.
Chegou a hora de cruzar dados. De acordo com os dados do instituto nacional de estatística, no lectivo de 2001/2002, no ensino superior público em Portugal estiveram matriculados, 284.789 alunos.
Partindo deste número, pegando nas contas acima explicitadas e utilizando o valor mínimo estipulado pelo Ministério da Ciência e do Ensino Superior para a propina neste ano lectivo, vamos fazer mais um pequeno exercício matemático. O orçamento para a missão da GNR no Iraque (15.753.600 euros) a dividir pelo valor mínimo da propina (463,58 euros) daria para pagar as propinas de 33.982 estudantes. Se utilizarmos o valor da propina do ano transacto que rondava os 350 euros, o número de estudantes com as propinas cobertas pelo orçamento da missão no Iraque sobe para 45.010 estudantes. É óbvio que não cobre o total dos estudantes que actualmente frequentam o ensino superior, mas representa uma fatia muito significativa, se compararmos o custo de 130 elementos durante 18 meses e “só” 45 mil estudantes durante um ano lectivo (+/- 10 meses).
Este pequeno exercício académico serve somente como base para tentar perceber o interesse que esta missão no Iraque tem no conjunto global da nossa realidade nacional na actualidade.
Os Governos olham para a educação com mais um fardo e não como a base sólida que constrói a identidade e cultura do país. O outro tinha a paixão (nunca chegando a amor verdadeiro), este parece que tem o desinteresse.
Atendendo aos objectivos desta missão e ao seu custo, só vejo duas justificações possíveis para a sua extrema importância.
Ou os Estados Unidos estão a ter muitas baixas entre as suas tropas e pretendem dividir o mal pelas aldeias, pedindo carne para canhão aos seus aliados mais fiéis. Entre eles, está claro, Portugal, que contrariando toda a lógica e racionalidade, foi dos primeiros a cerrar fileiras junto aos EUA. Sim, porque nós somos um país tão importante que o colosso norte-americano, não dispensou a nossa participação e apoio!
Ou então esta é uma manobra de diversão e uma brilhante jogada que permitirá a recuperação da economia portuguesa. Com o envio da nossa “melhor” polícia, conhecida pela bela envergadura física dos seus elementos, pretende-se incutir no inimigo o mesmo sentido de capacidade de luta. Daqui a uns tempos é ver a resistência iraquiana a deixar crescer a pança, não esquecendo claro o belo bigode e as patilhas bem farfalhudas da ordem!!! Em termos económicos este envio também pode trazer vantagens, é que com a presença deste contingente português naquela parte do mundo, podemos iniciar o franchising dos belos produtos portugueses tão consumidos por esta polícia. Falo claro, da bela cervejola e da bifaninha, podendo sempre entrar igualmente no menu, a sandes de courato ou os pipis.
Terminando porque a escrita já vai longa, dava jeito ao cherne e restante cardume, rever as prioridades orçamentais porque, não é certamente com desinvestimento na educação e investimentos exagerados em missões que em nada beneficiam Portugal, que vamos sair do buraco. Ou estará o nosso primeiro-ministro à espera que o seu congénere americano, George W. (WAR) Bush, em troca deste apoio militar lhe dê os milhões para investir realmente onde é mais importante.

A Revolução de Diana

E vão dois! Primeiro o amigo do pai e agora o pai. Como diz o povo na sua eterna sabedoria, gabando um qualquer exí­mio caçador: "cada tiro, cada melro". Neste caso, a filha do ex-ministro dos negócios estrangeiros, Diana Martins da Cruz, consegui ultrapassar mesmo esse nível de pontaria e, num só tiro (leia-se requerimento) deu guia de marcha não a um, mas a dois ministros do cardume do cherne.
Depois desta aventura, acho que Diana Martins da Cruz merece, se não uma estátua, pelo menos uma placa para comemorar o seu feito. Porque quer se queira quer não, ela, com apenas uma folha A4, conseguiu mais que todas as páginas do caso Moderna em relação ao mano Portas mais novo.
Mas atenção, para que se consiga fazer esta justa homenagem em tempo útil, é necessário por o movimento em marcha já hoje, porque parece que a menina vai prosseguir estudos no estrangeiro, ou será que já não vai? é que o papá já não é Ministro...
De qualquer forma, é preciso agir rápido, ainda tem de se arranjar a empresa para executar a obra... Alguém tem o contacto da empresa responsável pela passagem pedonal do IC19?
E para as autorizações nada temam, eu tenho um amigo que tem o pai no Governo...