21 junho 2004

ADÍOS ESPANHA!



Afinal a Fénix tem mesmo chama!
Depois de um ínicio de campeonato da europa mau demais para ser verdade, Portugal demonstrou nos dois jogos seguintes a Raça e a Vontade que são o factor X nos jogos ao mais alto nível!
Valeu a pressão, a ansiedade, o sofrimento, valeram as unhas róídas e os cigarros fumados enquanto "o diabo esfrega um olho", a vitória é nossa!
Os 11, os 23, os 10 milhões de portugueses, estão de parabéns, voltámos a fazer História!
Para "Raúlito e sus muchachos" uma viagem para lá de Badajoz e uma lição de humildade num golo de Nuno Gomes!

Venham os próximos!

p.s. -> Apesar da vitória houve, quanto a mim, um aspecto menos positivo nas opções de Scolari. Se a entrada de Nuno Gomes para o lugar de Pauleta foi uma aposta ganha, as outras duas subsitituições representaram um risco muito elevado. Contra uma selecção com melhores soluções atacantes e melhor organização que a espanhola, o retraímento da nossa selecção poderia ter significado o desastre em vez da glória. A opção a meu ver teria passado por refrescar a frente de ataque em vez de reforçar o pelotão defensivo. Felizmente... resultou!

17 junho 2004

A fénix renasceu... mas ainda tem chama?

Depois da tensão... a alegria! O país explodiu em euforia com a vitória da selecção contra a Rússia.
A selecção que muitos apelidavam já de moribunda, demonstrou em campo que ainda mexe fruto da atitude que o "sargentão" tomou, trocando as voltas aos mais conceituados analistas desportivos nas opções que tomou para a constituição da equipa inicial. Ao invés de "uma pequena alteração táctica de um jogador que jogou contra a Grécia", Scolari renovou a defesa e trocou o nº 10 pelo nº 20, o mesmo é dizer, Rui Costa por Deco.
Resultado: mais atitude e uma vitória por 2-0 que faz renascer a esperança numa eventual passagem aos quartos de final do Euro 2004. O que falta? Vencer o jogo no domingo, dar uma lição de humildade em "nuestros hermanos" e enviá-los em correio expresso de volta para casa, se possível de maneira a não pisarem as nossas fronteiras tão cedo, para curarem de vez a "dor de cotovelo" por ter sido Portugal a organizar o Campeonato Europeu!
Até domingo é necessário que a selecção mantenha a chama que demonstrou nestes 90 minutos, não ceda a pressões "espanholadas" e que entre em campo com vontade de dar mais uma alegria a um país inteiro que pára durante 90 minutos, colado às televisões para ver a selecção jogar!

Uma palavra para o nosso "maestro" (o outro é "mágico") que, quando entrou na segunda parte e mostrou a classe que todos lhe reconhecem, mas por vezes se esquecem (incluindo eu), marcando o segundo golo português depois dum excelente passe do "miúdo" Ronaldo!

Para o final fica um recadinho para o mister "Camachito" que parece também querer entrar na "guerra" de palavras até domingo e acusa os portugueses de não saberem aguentar a pressão. Será que o "mister" se esqueceu dos tempos em que era seleccionador espanhol durante o Euro 2000, quando, aos 90 minutos do jogo dos quartos de final frente à França, a sua "super-estrela", Raulito, falhou o penalti que daria o empate e que levaria o jogo para o prolongamento? Enquanto Portugal vencia categoricamente a Turquia por 2-0! Quem é que acusou a pressão aí?

12 junho 2004

Olhó barrete nacional!!!

Que belo barrete enfiaram Figo e companhia num país inteiro que viu o jogo Portugal - Grécia. Se +/- uma hora antes do jogo era com esperança que escrevia sobre o primeiro jogo de Portugal no Euro 2004, agora, uma hora depois do fim do jogo, o sentimento é de desilusão!
A união dos portugueses em torno da selecção esteve lá e até aquilo de que por vezes os portugueses são acusados (de não apoiarem a equipa quando está a perder) não sucedeu neste jogo! O que sucedeu foi ansiedade, nervosismo, bola que "queimava nos pés" e uma estranha falta de maturidade da equipa portuguesa perante uma Grécia muito bem organizada. Figo, Rui Costa e Fernando Couto, figuras centrais da tal geração que tem neste Euro a última oportunidades, ficaram muito longe do mínimo exigível a esta selecção e acabou por ser Cristiano Ronaldo, o "miúdo" que até entrou com o pé esquerdo no jogo (provocou o penalti que originou o 0-2 para a Grécia) que procurou dar uma sapatada no jogo e conseguiu marcar o único golo português.
Das declarações do seleccionador e dos jogadores fica a ideia que já se vem arrastando de todos os outros jogos durante a fase de preparação para o Euro: "não ganhámos hoje, é para a próxima..." E a tal cobrança de resultados de que Scolari falava quando cá chegou, fica para quando?
E assim se arrasta um país inteiro atrás de uma bola e de 23 homens que certamente não ganham o ordenado mínimo nacional, enquanto a maior parte dos portugueses que hoje foram ao estádio do Dragão tiveram de cortar no orçamento familiar para os verem... A PERDER!

Um país a "dar bandeira"

É hoje! É hoje que começa o grande desígnio nacional, o Euro 2004. É hoje que o Estádio do Dragão vai ser palco do jogo inaugural do Euro, o Portugal - Grécia! É hoje que um país inteiro vai estar de olhos no ecrã, de ouvidos nos rádios ou à espera que um telemóvel toque com notícias sobre o resultado do jogo da selecção "de todos nós". É hoje que se intensifica a bandeirada geral nas ruas e avenidas das cidades portuguesas, nas varandas, nos carros, nas motas e até nos carrinhos de supermercado como eu já vi!
É certo que deve ser motivo de satisfação toda esta união em torno da selecção, este "orgulho naccional" que curiosamente foi lançado por uma pessoa cuja ligação a Portugal se resume à língua e ao contrato com a Federação Portuguesa de Futebol até ao final do Campeonato da Europa! O futebol continua a ser das poucas coisas que o português ainda pode ter algum orgulho quando comparado com os seus parceiros europeus. Mas se é esta a selecção em torno da qual todos devemos estar unidos, é nesta selecção que se reflecte a última oportunidade de uma geração de jogadores portugueses que muito prometeu e depois... pouco cumpriu. Uma geração cujo ponto mais alto foi a conquista de dois campeonatos mundiais de juniores quando ainda não havia contratos milionários, não haviam prémios chorudos a exigir e quando a única motivação ainda era vencer pelo gosto próprio do jogo e não para aumentar a conta bancária!
Resta este último crédito pra estes jogadores, a esperança de todo um país nas costas dos 23 seleccionados para o Euro 2004 e resta o desejo de mais um desses portugueses que seja desta que a selecção cumpra a sua parte neste desígnio nacional.