26 julho 2004

"Deixa jog'á Mantorra"

A propósito do episódio "Mantorras e o SEF" da passada semana, duas dúvidas me tem assaltado ao longo destes dias.
Quem é que no seu perfeito juízo, rasura um passaporte para poder viajar, desconhecendo que tem um passaporte válido dentro da mala?
O Mantorras! (a culpa não é do Mantorras mas da mlulher-gorila que fez a mala).
Mas mais importante que isto, quem é que ao "desfazer" a mala quando chega ao destino, não encontra o passaporte válido?
Só o Mantorras!
Mas, se ele não encontrou o passaporte dentro da mala quando chegou à Suiça só pode significar uma de duas coisas, ou Mantorras não abriu a mala e esta serviu apenas para "parecer bem" ou não usou a roupa que transportava na mala, utilizando apenas e só o equipamento de treino do clube. Se a segunda hipótese é válida, está encontrada a chave que ajuda a explicar o enigma de Mantorras ser o único a ter um quarto só para si nos estágios do Benfica.
Porque será?

05 julho 2004

A fuga dos "xatos" para a Índia

Acabado o Euro em Portugal com o reconhecimento internacional pela nossa "brilhante" organização deste evanto, é tempo agora de nos concentrarmos nos outros problemas nacionais.
Por exemplo, é tempo agora de vermos em que situação fica o nosso "cantinho à beira-mar plantado" depois da fuga dos "xatos" para a Índia que é como quem diz a ida do "Zé Barroso" para Bruxelas!

Será que vamos passar a ter um rei no lugar de primeiro-ministro? Não não estou a falar do D. dd..d d.d.d D. Duarte Pio, estou a falar sim do rei da noite da Figueira que não consegue tapar o "buraco" do Marquês e agora quer "cobrir" o buraco do Governo!

Será que o nosso P.R. vai deixar-nos fazer o resto da limpeza governamental, convocando eleições ou vai deixar o barco na mesma rota, poupando-nos mais uma preocupação e deixando-nos gozar férias em paz... gastando os cêntimozinhos que a "Manela" ainda não nos conseguiu sacar!

Não percam os próximos episódios... num país perto de si...

04 julho 2004

A taça não ficou cá

Pois é, pois é... Estivémos na final mas não conseguimos ficar com o "Caneco". O jogo não foi grande coisa... Os gregos jogam feio, fechado, um jogo de "chuto para frente e fé em deus", à espera de um deslize na área adversária como aconteceu no jogo com Portugal e como já tinha acontecido ao longo dos outros jogos da selecção de "Mr. Otto" neste euopeu.

O "comum" adepto de futebol gosta de ver um jogo aberto, bem disputado, com perigo a rondar as duas balizas e sobretudo com golos. O futebol grego deste europeu é precisamente a antítese daquilo que qualquer adepto gosta de ver num estádio, mas há que reconhecer... é eficaz!
Com o futebol de "trincheira" os gregos foram conseguindo passar eliminatórias, golo a golo até levarem o "Caneco" para a Acrópole!

Quanto à nossa selecção fica um agradecimento especial pelo esforço e o empenho demonstrado ao longo do europeu, sem que este agradecimento se deva a "mais uma vitória moral" do nosso futebol.
Esta presença na final do Campeonato Europeu e o titulo de Vice-Campeão é uma vitória com V maíusculo (claro que o titulo de campeão era bem melhor), tal como foi a conquista da Liga dos Campeões pelo Futebol Clube do Porto.

Na verdade, a nossa selecção e num âmbito mais alargado, o futebol português, conseguiu comprovar as imensas promessas que se arrastavam há anos e tal como já havia escrito antes, esta é apenas a primeira grande competição de toda uma nova geração de jogadores que começa a despontar e que cada vez mais é alvo da cobiça das grandes "multinacionais" clubistícas por essa Europa fora!

Obrigado selecção! Força Portugal!

01 julho 2004

ESTAMOS NA FINAL!

Confesso que depois do primeiro jogo contra a Grécia não acreditei que fosse possível... Mas é! Pela primeira vez na história do nosso futebol, a nível de selecções A, chegamos a uma final de uma grande competição.

Esta é a última oportunidade da geração de ouro, a tal que foi campeã mundial de esperanças há 13 anos atrás, mas esta é também a primeira grande final de uma nova geração de grandes talentos portugueses na arte de jogar futebol.

Por estes dias, vale a pena esquecer as greves dos transportes públicos, as listas de espera nos hospitais, o funcionalismo público que mais paassa mais tempo em "pausa" do que em "play", assalto da "manela" aos nossos bolsos e a fuga do Barroso para Bruxelas. Valha-nos o futebol!

Como dizia a folha do jornal do outro "Scolari para 1º Ministro!"

21 junho 2004

ADÍOS ESPANHA!



Afinal a Fénix tem mesmo chama!
Depois de um ínicio de campeonato da europa mau demais para ser verdade, Portugal demonstrou nos dois jogos seguintes a Raça e a Vontade que são o factor X nos jogos ao mais alto nível!
Valeu a pressão, a ansiedade, o sofrimento, valeram as unhas róídas e os cigarros fumados enquanto "o diabo esfrega um olho", a vitória é nossa!
Os 11, os 23, os 10 milhões de portugueses, estão de parabéns, voltámos a fazer História!
Para "Raúlito e sus muchachos" uma viagem para lá de Badajoz e uma lição de humildade num golo de Nuno Gomes!

Venham os próximos!

p.s. -> Apesar da vitória houve, quanto a mim, um aspecto menos positivo nas opções de Scolari. Se a entrada de Nuno Gomes para o lugar de Pauleta foi uma aposta ganha, as outras duas subsitituições representaram um risco muito elevado. Contra uma selecção com melhores soluções atacantes e melhor organização que a espanhola, o retraímento da nossa selecção poderia ter significado o desastre em vez da glória. A opção a meu ver teria passado por refrescar a frente de ataque em vez de reforçar o pelotão defensivo. Felizmente... resultou!

17 junho 2004

A fénix renasceu... mas ainda tem chama?

Depois da tensão... a alegria! O país explodiu em euforia com a vitória da selecção contra a Rússia.
A selecção que muitos apelidavam já de moribunda, demonstrou em campo que ainda mexe fruto da atitude que o "sargentão" tomou, trocando as voltas aos mais conceituados analistas desportivos nas opções que tomou para a constituição da equipa inicial. Ao invés de "uma pequena alteração táctica de um jogador que jogou contra a Grécia", Scolari renovou a defesa e trocou o nº 10 pelo nº 20, o mesmo é dizer, Rui Costa por Deco.
Resultado: mais atitude e uma vitória por 2-0 que faz renascer a esperança numa eventual passagem aos quartos de final do Euro 2004. O que falta? Vencer o jogo no domingo, dar uma lição de humildade em "nuestros hermanos" e enviá-los em correio expresso de volta para casa, se possível de maneira a não pisarem as nossas fronteiras tão cedo, para curarem de vez a "dor de cotovelo" por ter sido Portugal a organizar o Campeonato Europeu!
Até domingo é necessário que a selecção mantenha a chama que demonstrou nestes 90 minutos, não ceda a pressões "espanholadas" e que entre em campo com vontade de dar mais uma alegria a um país inteiro que pára durante 90 minutos, colado às televisões para ver a selecção jogar!

Uma palavra para o nosso "maestro" (o outro é "mágico") que, quando entrou na segunda parte e mostrou a classe que todos lhe reconhecem, mas por vezes se esquecem (incluindo eu), marcando o segundo golo português depois dum excelente passe do "miúdo" Ronaldo!

Para o final fica um recadinho para o mister "Camachito" que parece também querer entrar na "guerra" de palavras até domingo e acusa os portugueses de não saberem aguentar a pressão. Será que o "mister" se esqueceu dos tempos em que era seleccionador espanhol durante o Euro 2000, quando, aos 90 minutos do jogo dos quartos de final frente à França, a sua "super-estrela", Raulito, falhou o penalti que daria o empate e que levaria o jogo para o prolongamento? Enquanto Portugal vencia categoricamente a Turquia por 2-0! Quem é que acusou a pressão aí?

12 junho 2004

Olhó barrete nacional!!!

Que belo barrete enfiaram Figo e companhia num país inteiro que viu o jogo Portugal - Grécia. Se +/- uma hora antes do jogo era com esperança que escrevia sobre o primeiro jogo de Portugal no Euro 2004, agora, uma hora depois do fim do jogo, o sentimento é de desilusão!
A união dos portugueses em torno da selecção esteve lá e até aquilo de que por vezes os portugueses são acusados (de não apoiarem a equipa quando está a perder) não sucedeu neste jogo! O que sucedeu foi ansiedade, nervosismo, bola que "queimava nos pés" e uma estranha falta de maturidade da equipa portuguesa perante uma Grécia muito bem organizada. Figo, Rui Costa e Fernando Couto, figuras centrais da tal geração que tem neste Euro a última oportunidades, ficaram muito longe do mínimo exigível a esta selecção e acabou por ser Cristiano Ronaldo, o "miúdo" que até entrou com o pé esquerdo no jogo (provocou o penalti que originou o 0-2 para a Grécia) que procurou dar uma sapatada no jogo e conseguiu marcar o único golo português.
Das declarações do seleccionador e dos jogadores fica a ideia que já se vem arrastando de todos os outros jogos durante a fase de preparação para o Euro: "não ganhámos hoje, é para a próxima..." E a tal cobrança de resultados de que Scolari falava quando cá chegou, fica para quando?
E assim se arrasta um país inteiro atrás de uma bola e de 23 homens que certamente não ganham o ordenado mínimo nacional, enquanto a maior parte dos portugueses que hoje foram ao estádio do Dragão tiveram de cortar no orçamento familiar para os verem... A PERDER!

Um país a "dar bandeira"

É hoje! É hoje que começa o grande desígnio nacional, o Euro 2004. É hoje que o Estádio do Dragão vai ser palco do jogo inaugural do Euro, o Portugal - Grécia! É hoje que um país inteiro vai estar de olhos no ecrã, de ouvidos nos rádios ou à espera que um telemóvel toque com notícias sobre o resultado do jogo da selecção "de todos nós". É hoje que se intensifica a bandeirada geral nas ruas e avenidas das cidades portuguesas, nas varandas, nos carros, nas motas e até nos carrinhos de supermercado como eu já vi!
É certo que deve ser motivo de satisfação toda esta união em torno da selecção, este "orgulho naccional" que curiosamente foi lançado por uma pessoa cuja ligação a Portugal se resume à língua e ao contrato com a Federação Portuguesa de Futebol até ao final do Campeonato da Europa! O futebol continua a ser das poucas coisas que o português ainda pode ter algum orgulho quando comparado com os seus parceiros europeus. Mas se é esta a selecção em torno da qual todos devemos estar unidos, é nesta selecção que se reflecte a última oportunidade de uma geração de jogadores portugueses que muito prometeu e depois... pouco cumpriu. Uma geração cujo ponto mais alto foi a conquista de dois campeonatos mundiais de juniores quando ainda não havia contratos milionários, não haviam prémios chorudos a exigir e quando a única motivação ainda era vencer pelo gosto próprio do jogo e não para aumentar a conta bancária!
Resta este último crédito pra estes jogadores, a esperança de todo um país nas costas dos 23 seleccionados para o Euro 2004 e resta o desejo de mais um desses portugueses que seja desta que a selecção cumpra a sua parte neste desígnio nacional.

17 abril 2004

A Terceira Vaga

Não, não estou a falar da contagem das ondas em formação na praia, nem sequer do terceiro grupo de ataque de um qualquer exército numa acção de conquista pelo território alheio, se bem que a actividade de que vou falar a seguir se assemelhe a este último tipo de invasão militar…
Todos nós conhecemos uns senhores indianos que costumam vaguear pela zona dos bares e restaurantes de toda e qualquer cidade portuguesa de média/grande dimensão, os chamados “Qué frô”. Pois bem, como provavelmente todos vocês, eu lembro-me quando este “fenómeno” surgiu e estes “simpáticos” senhores de tez escura procuravam, a todo o custo, impingir-nos uma, duas ou até quem sabe meia-dúzia de rosas a um preço, na opinião deles, baixo. Essa foi no meu entender a primeira vaga, o pelotão da frente, de uma “invasão” pacífica deste novo exército com um ramo de rosas na mão.
Depois, a segunda vaga surgiu quando este exército viu uma nova oportunidade de negócio na venda de “picachus”, brincos e anéis coloridos, e outros artefactos que antes ninguém se tinha lembrado de vender, pelo menos, ninguém antes os tinha tentado vender À NOITE!
Dito isto, era lógico pensar que se estavam a esgotar as ideias para diversificar o seu negócio (eu pelo menos assim pensava), mas eis senão quando, nas últimas semanas fui surpreendido pela argúcia e sentido de negócio dessas mentes brilhantes do Marketing.
Pois é, a terceira vaga já chegou… Como em termos de produtos para venda, as ideias já não abundavam, eles optaram por vender… serviços. E agora é vê-los alegremente, nos semáforos ou a “invadirem” restaurantes para nos “darem” música! Pandeireta, violino, harmónica ou acordeão, as opções são imensas e por uns trocos temos uma refeição ao som da música… Fantástico não? Depois disto, que mais se pode esperar destes génios do negócio?

29 março 2004

Palavras Soltas



Marco as horas que fogem do meu ser,
As mesmas horas que me separam de partir.
Rasgo o silêncio num gesto mudo,
Invade-me a alma uma imagem de ti.
Navego em sonhos que preenchem o meu ser
Até chegares junto de mim.

Repito trilhos tantas vezes já pisados,
Ando à deriva num mar tantas vezes já cruzado,
Quero sair, partir, fugir para
Um lugar desconhecido
E poder viver, sonhar, amar
Lá, nesse lugar.

Desvio o olhar por um segundo
E enfrento os meus medos sem pensar

Conquisto o meu espaço, o meu lugar e
Acordo de mais um sonho já sonhado
Sem sombra de lembrança, já esquecido.
Tu! Que trazes as estrelas no olhar,
Reinventas o desejo de amar, me aprisionas e
Obrigas a sonhar.

Forte feitiço o que trazes no olhar,
Reacendes a paixão num gesto simples e
Inibes os meus sentidos no sabor da tua pele.
Anseio por te encontrar, tocar, beijar,
Caminho sem rumo a procurar
A tua imagem à luz do luar
Sem conseguir alcançar-te.

Passo a correr as memórias já vividas,
Anseio por um mundo a descobrir,
Uma vida que me falta construir.
Longe daqui, longe de mim
Onde te vi, e amei!

04 fevereiro 2004

Dúvida Existencial IV

É um rectangulo (de tamanho variável), pode ser com mel ou calda de fruta, mas tem sempre muito amendoim.
O que é, o que é?

É um NOUGAT

Mas alguém me explica porque é que esta goluseima de amendoim se chama NOUGAT?
Será que é o seu nome se deve à mente brilhante que se lembrou de fazer esta iguaria? Ou simplesmente alguém achou que NOUGAT soava bem?

Aceitam-se sugestões.

AH! É só para dizer que comi um NOUGAT!!! :)

02 fevereiro 2004

Dúvida Existencial III

Há alguns dias tive a oportunidade de ver o último filme do Tom Cruise, "O Último Samurai". Na minha opinião o filme até nem está mauzinho, o argumento é um bocado básico (percebo porque não foi nomeado para as categorias mais importantes dos Óscars), mas até tem algumas interpretações com qualidade.

Mas ao ver o filme fiquei com uma dúvida de interpretação histórica e por isso também, existencial.
Não tinha noção que os samurais, além das suas aptidões fenomenais para a luta com o sabre e o seu modo de vida honrado e exemplar, também sabiam tocar viola e sobretudo, que a levavam para a batalha.
É que se alguém me disser que afinal não sabiam, expliquem-me então o que é isto?


29 janeiro 2004

Dúvida Existencial II

Não sei se será a tendência de 2004, mas este post, na sequência do anterior também diz respeito a casas de banho. Desta feita, as casas de banho públicas.
Passo a explicar,

se eu pedir para que me digam a forma feminina de Homem, vocês dirão: Mulher, certo? CERTO!!!
E se eu perguntar qual é o masculino de Senhora, vocês responderão: Senhor, certo? CERTO!!!

Então porque raio é que na identificação das casas de banho públicas aparece: HOMENS - para aqueles que fazem a "mijita" de pé e SENHORAS - para as madames que fazem a "mijita" sentadas.

Onde fica a igualdade de direitos para os dois sexos neste caso? É claro que podem argumentar que é por uma questão de "finesse", de etiqueta, mas se assim é, porque é que a Paula Babona, ai, BOBOne não escreve uma longa prosa sobre isso?

Pronto, para assegurar que as meninas não fiquem melindradas com a alteração da identificação para MULHERES, nós sacrificamo-nos e alteramos a identificação masculina para SENHORES.
Ou então, para evitar discussões inter-sexos deixamos de utilizar a forma escrita de identificação e passamos a usar identificação icónica.

21 janeiro 2004

Dúvida Existencial I

Esta é uma questão que há muito me apoquenta e para a qual fui finalmente à procura de resposta.
Acredito que muitos de vocês também já terão perdido horas a fio procurando a resposta para esta dúvida existencial e, para sossegar as vossas mentes e a minha, aqui fica a dúvida... E a resposta!

Como se designa aquele objecto (muito útil) que utilizamos, quando os restos dos nossos detritos fisiológicos ficam "colados" nas paredes da sanita?

Será PIAÇÁ ou PIAÇABA?


Pois bem, de acordo com o Dicionário de Língua Portuguesa da Texto Editora ambos os nomes podem ser utilizados, porque têm exactamente o mesmo significado, ou seja, "nome de duas palmeiras que produzem fibras empregadas no fabrico de vassouras; vassoura de piaçaba."

Mas no que diz respeito ao objecto em si, esta definição não aquece nem arrefece. Tudo bem, que antigamente o objecto se parecia muito com uma vassoura (em ponto pequeno) mas hoje em dia, com os "designs" inovadores para o dito objecto, a semelhança com uma vassoura é pura coincidência.
Posto isto, ponho outra questão: Porque raio de carga de água, se chama àquele objecto, piaçá ou piaçaba?

Se alguém me souber explicar... esteja à vontade...

Voltei, Voltei...

Nas palavras desse grande "Mito" da canção popular portuguesa, Dino Meira:

"Voltei, voltei....
Voltei de lá...
Ainda ontem estava em França
e agora já estou cá!"


Não fui para França, mas estou de regresso... :)